No conjunto de obras de recuperação asfáltica em execução, o Governo do Distrito Federal está utilizando métodos inovadores para melhorar a qualidade das ruas. Entre as novidades, está a aplicação das geogrelhas — um material de fibras de vidro colocado sob o asfalto para reforçar sua estrutura, prevenindo rachaduras e deformações causadas pelo tráfego intenso. A iniciativa visa ampliar a durabilidade das vias, reduzir os transtornos no trânsito e otimizar o uso dos recursos públicos.
O procedimento foi iniciado neste mês no Buraco do Tatuí, no cruzamento entre a L2 e a S2, onde a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) realiza fresagem seguida de recapeamento com essa técnica. Até o momento, cerca de 10 mil metros quadrados da pista já receberam esse reforço, com um investimento total de R$ 7 milhões.
O presidente da Novacap, Fernando Leite, destaca a importância da tecnologia para o serviço público e para a população. “Estamos incorporando técnicas avançadas que elevam a qualidade das obras, garantindo maior durabilidade. Isso significa menos interrupções no trânsito, menos transtornos para os moradores e economia significativa para os cofres públicos no médio e longo prazo.”
A geogrelha age como uma estrutura que distribui as forças exercidas pelo tráfego pesado, estabilizando o solo abaixo e evitando fissuras. Com isso, o asfalto torna-se mais resistente, prolongando sua vida útil e diminuindo a necessidade de reparos constantes — o que também contribui para a redução da emissão de resíduos e do impacto ambiental.
Os trabalhos são realizados preferencialmente durante a noite para minimizar impactos no trânsito local e garantir mais segurança aos trabalhadores e motoristas.
O contrato vigente segue até julho, com possibilidade de renovação por mais um ano. Está previsto que, até o fim do acordo, aproximadamente seis quilômetros sejam recapeados com essa técnica e, para o próximo ano, a expectativa é ampliar esse volume para mais dez quilômetros, ampliando os benefícios para toda a cidade.