O sonho da casa própria ganhou um incentivo a mais no Distrito Federal. Aproveitando o Dia Nacional da Habitação, celebrado nesta quinta-feira (21), o Governo do DF anunciou o reajuste do subsídio oferecido pelo Programa Morar DF, conhecido como cheque-moradia. O valor passou a ser de R$ 16.079,27 e poderá ser usado na entrada de imóveis financiados, etapa que costuma ser a maior barreira para famílias de baixa renda.
O aumento acompanha o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), que mede a variação dos custos do setor em todo o país. A partir de agora, a atualização será feita todos os anos, garantindo que o benefício não perca valor diante da inflação. “É uma forma de manter o programa sempre compatível com a realidade do mercado e, principalmente, de assegurar que o auxílio continue sendo efetivo para quem mais precisa”, explicou o presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab), Marcelo Fagundes.
Desde sua criação, em 2024, o Morar DF já se consolidou como uma das principais ferramentas de inclusão habitacional no território. Hoje, cerca de 100 mil pessoas estão habilitadas junto à Codhab, sendo a imensa maioria composta por famílias que vivem com até cinco salários mínimos. “Estamos falando de milhares de pessoas que tinham condições de pagar as parcelas, mas que não conseguiam vencer a barreira da entrada. Esse cheque abre a porta para a realização de um sonho que parecia distante”, ressaltou Fagundes.
Além do reajuste, o programa recebeu recentemente um crédito suplementar de R$ 30 milhões, que permitirá atender aproximadamente duas mil novas famílias. Para o governo, o reforço orçamentário é uma demonstração do compromisso em ampliar o acesso à moradia e reduzir o déficit habitacional. “Cada recurso aplicado aqui representa mais dignidade, mais segurança e a chance de uma família sair do aluguel para conquistar um espaço próprio”, completou o dirigente.
O benefício é voltado a candidatos com renda mensal de até R$ 7.060, que não possuam imóvel no Distrito Federal e estejam inscritos no Morar Bem, programa que organiza a fila da habitação popular. O subsídio, somado ao financiamento habitacional, funciona como um impulso decisivo para viabilizar o processo de compra.
Com a correção do valor e a ampliação dos recursos disponíveis, a expectativa é de que milhares de moradores consigam transformar em realidade o projeto da casa própria. Para Fagundes, o impacto vai além dos números. “Quando uma família conquista seu lar, não é apenas uma chave que muda de mãos. É um futuro que começa a ser construído com mais estabilidade e esperança”, concluiu.