Nos últimos dias, o Governo do Distrito Federal realizou uma nova etapa do plano que tem como foco o atendimento à população em situação de rua. Entre terça-feira (13) e quinta-feira (15), as equipes percorreram diferentes pontos do DF e prestaram apoio direto a 12 pessoas, além de removerem sete estruturas improvisadas que ocupavam espaços públicos de forma irregular.
A operação aconteceu em áreas centrais do Plano Piloto — como Asa Norte, Asa Sul, Noroeste e Parque da Cidade — e em locais estratégicos de Ceilândia, incluindo o canteiro em frente ao Corpo de Bombeiros e a CNM 1, ao lado do Restaurante Comunitário. Todo o material descartado foi recolhido por cinco caminhões e destinado corretamente às unidades do SLU.
Além da remoção das estruturas, o trabalho teve como prioridade oferecer suporte imediato às pessoas abordadas. As ações envolvem desde acolhimento até encaminhamentos para serviços essenciais nas áreas de saúde, assistência social, educação e emprego. Também são ofertadas vagas em abrigos, acesso a cursos de qualificação, como o RenovaDF, auxílio financeiro de R$ 600 para quem não tem como pagar aluguel, além do cadastro para programas habitacionais.
O esforço tem sido articulado por diversos órgãos do governo local, sob coordenação da Casa Civil. Para o secretário-chefe da pasta, Gustavo Rocha, a proposta vai além de retirar estruturas das ruas: trata-se de uma política pública com foco na dignidade humana. “Cada ação é construída em conjunto com diversas secretarias, para que seja eficiente e, acima de tudo, respeitosa. Estamos criando caminhos reais de acolhimento e reinserção”, afirma.
Ceilândia, uma das regiões mais populosas do DF, foi novamente incluída no roteiro das equipes. A escolha dos locais segue critérios técnicos, levando em conta a concentração de pessoas em situação de rua e as condições dos espaços públicos. A atuação faz parte de uma estratégia que tem se repetido semanalmente em diferentes áreas do Distrito Federal.
Desde que foi oficialmente lançado, em maio de 2024, o Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua já passou por regiões como Vila Planalto, Taguatinga, Águas Claras, Arniqueira e outras.
A iniciativa envolve um grande número de órgãos e profissionais: participam ativamente as secretarias de Desenvolvimento Social, Saúde, Educação, Justiça e Cidadania, Segurança Pública, além da Sedet, Novacap, Codhab, DF Legal, SLU, Detran-DF, Corpo de Bombeiros, polícias Civil e Militar e os conselheiros tutelares.
O Distrito Federal se tornou pioneiro na adoção de um plano estruturado para essa população após a decisão do Supremo Tribunal Federal, que, no ano passado, suspendeu medidas coercitivas contra pessoas em situação de rua em todo o país. Com base nesse novo cenário legal, o GDF optou por investir em abordagens humanizadas, integradas e permanentes.
As ações não apenas respondem às urgências do momento, mas também buscam criar pontes para que essas pessoas possam reconstruir suas trajetórias, com acesso à moradia, saúde, trabalho e cidadania.