O Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou, nesta quarta-feira (12), as ações de limpeza no Riacho Fundo II. Em uma força-tarefa que reuniu o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e a administração regional, foram instalados 35 novos contêineres e realizadas operações de retirada de entulhos e resíduos acumulados nas principais vias da cidade.
A iniciativa tem como meta eliminar locais de descarte irregular e reduzir os riscos de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Com o início do período chuvoso, o cuidado com o lixo e a drenagem torna-se ainda mais essencial.
A administradora regional, Ana Maria da Silva, explica que o trabalho foi planejado a partir de um mapeamento das áreas mais afetadas. “Esses pontos foram identificados em um levantamento conjunto do SLU com a administração. Nosso foco é prevenir o acúmulo de água e lixo, garantindo que a cidade continue limpa e protegida”, afirmou. “Essa é uma ação contínua, que faz parte do esforço do governo para manter a saúde pública em dia e preparar a cidade para as chuvas”, acrescentou.
De acordo com o subdiretor de Limpeza Urbana do SLU, Everaldo Araújo, o GDF investiu R$ 1,35 milhão na aquisição de 1.200 contêineres para todas as regiões do DF. Parte deles foi destinada ao Riacho Fundo II, substituindo unidades danificadas e ampliando os pontos de coleta. “A população precisa ter opções adequadas para o descarte. Com os novos equipamentos, conseguimos manter a cidade organizada e facilitar o trabalho das equipes”, destacou.
Desde 2019, o Riacho Fundo II vem recebendo uma série de ações para eliminar pontos de lixo e melhorar os espaços públicos. Ana Maria lembra que o empenho conjunto tem transformado a paisagem urbana. “Já conseguimos eliminar diversos locais críticos e agora, com o apoio do programa De Cara Nova, esses espaços estão sendo revitalizados e devolvidos à comunidade”, disse.
Áreas revitalizadas e uso comunitário
O programa De Cara Nova, coordenado pelo SLU, tem transformado áreas antes degradadas em locais de convivência. No Riacho Fundo II, uma das reformas mais recentes retirou 25 toneladas de lixo e deu lugar a uma horta comunitária, a um Ponto de Encontro Comunitário (PEC) e a novas árvores.
Everaldo Araújo explica que a ocupação dos espaços é a chave para manter a limpeza. “Quando o morador passa a usar a área, ela deixa de ser depósito de lixo. Já vimos essa mudança acontecer em vários pontos, e isso mostra que o envolvimento da população faz toda a diferença”, observou.
Educação ambiental e responsabilidade
Além do recolhimento de resíduos, o mutirão também teve caráter educativo. As equipes orientaram os moradores sobre como fazer o descarte correto de lixo doméstico e volumoso, materiais que devem ser entregues nos papa-entulhos do SLU.
“O lixo jogado na rua não é só um problema estético, é uma questão de saúde. Se cada morador colaborar, colocando o lixo no horário certo e no local correto, a cidade fica mais limpa e segura”, reforçou Everaldo.
Aprovação da comunidade
Moradores da região elogiaram a ação. A cozinheira Regilane Souza da Silva, que vive no bairro há mais de uma década, diz que a diferença já é perceptível.
“Antes, havia muito entulho espalhado. Agora, com os novos contêineres, a cidade está bem mais organizada. É bom ver esse cuidado, mas também depende da gente manter assim”, contou.
Para a autônoma Mara Meire, o trabalho precisa vir acompanhado de conscientização.“A coleta acontece com frequência, mas há moradores que ainda jogam lixo fora de hora. É uma questão de respeito e responsabilidade com o lugar onde a gente vive”, afirmou.
