Fiscalização impede ocupação irregular em área de preservação no DF

Terreno às margens de córrego no Recanto das Emas foi cercado por grileiros; DF Legal removeu estruturas e reforçou monitoramento

Em menos de um mês, uma área de preservação ambiental no Recanto das Emas voltou a ser alvo da ação de grileiros. Nesta quarta-feira (6), auditores da Secretaria DF Legal retornaram às chácaras 17/18 do Núcleo Rural Monjolo para desarticular uma nova tentativa de loteamento ilegal. O terreno, situado ao lado de um córrego e classificado como Área de Preservação Permanente (APP), vinha sendo novamente cercado e loteado, mesmo após operação realizada no local em julho.

Desta vez, os fiscais encontraram mais de sete quilômetros de cercas feitas com arame farpado e estacas de madeira, além de faixas que anunciavam a venda dos lotes de forma irregular. Todo o material foi removido.

A reincidência no parcelamento da área acendeu um alerta entre os órgãos de fiscalização. “É uma tentativa clara de ocupação ilegal em uma área que não pode ser urbanizada. Vamos continuar agindo com firmeza para impedir que isso se consolide”, afirmou um dos técnicos da operação.

Monitoramento reforçado

A atuação da DF Legal tem sido apoiada por tecnologias que permitem detectar alterações no uso do solo logo nas fases iniciais. Imagens de satélite, drones e plataformas como o Sisdia e o Terrageo têm sido aliados essenciais na identificação de áreas com indícios de grilagem.

Além disso, o trabalho de campo da Secretaria-Executiva de Inteligência e Compliance (Seint) é fundamental para a resposta rápida. “Quando detectamos o início de um parcelamento irregular, acionamos imediatamente os setores responsáveis. Enquanto isso, buscamos identificar quem está por trás da tentativa, para que as sanções administrativas e criminais possam ser aplicadas”, explica Adriano Valente, secretário-executivo da Seint.

A área continuará sob vigilância, e novas incursões estão previstas para coibir qualquer ação que desrespeite a legislação ambiental e urbana. A orientação da secretaria é clara: terrenos vendidos em áreas irregulares não são passíveis de regularização e quem compra, além de perder o investimento, pode responder judicialmente.

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